quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O que vale???

Vale o que é ou o que tem???


O que temos hoje em dia?
Nada, não é verdade!!!
O que vale para o mundo hoje em dia, ser um ser pensante e critico, sendo que o que valorizam – digo a sociedade hipócrita – é o dinheiro que se ganha independente da sua função, seu cérebro e sua formação(muitas empregos subalternos tem ganhos maiores que pessoas em funções qualificadas).
Aonde nesse mundo sê-lo-ia palpável um atendedor de telefone ganhar mais que um professor ou um administrador – não formado pelas Uniesquinas – trabalhando de caixa em um empório de bairro... Há uma grande banalização do ser humano na sua essência, ou seja, aquilo que tem mais valor é o que menos é valorizado, tanto financeiramente, quanto intelectualmente.
Vejo por ai uma grande variedade néscia que, no entanto são os que mais ganham dinheiro e que tem mais prestigio publico...
Mas o que aconteceu com a inteligência?
E quando digo isso, não pense que estou falando de grandes centros acadêmicos e de mestres e doutores — que, diga-se de passagem, essa titularidade também foi banalizada – mas sim do buteco do seu João da esquina que esta cheio de “catedráticos” falando tamanhas asneiras que é praticamente impossível ficar alguns instantes na presença dos mesmos.
A idéia tomou uma proporção tão grande que no mesmo buteco estão os melhores carros estacionados na porta, com as suas carteiras recheadas de dinheiro e o preconceito latente nos rostos (desse bando) que pertencem a um cérebro que mal consegue refletir o que tenha feito durante o dia.
A ciclicidade — eterno retorno nitzscheano – do mundo nesse sentido é tão deprimente que a rotina imposta aos mesmos permitem – ou deixam de fazê-lo – que as pessoas das classes média baixa e alta não consigam pensar, a vida para eles resume-se em ir para o trabalho, voltar para casa, comer a bela pizza no sabadão – em todos os sentidos –, assistir novela e assim a vida toma – ou não – o mesmo rumo sempre.
Falo das pessoas com um dinheiro razoável para pelo menos pagar as dividas e ter o suficiente para viver bem – melhores carros foi uma mentira sem vergonha pois o brasileiro não gosta de veículos mas sim de carros mesmo – suas vidas medíocres.
Entretanto, outro ponto culminante nisso tudo são os mais pobres, aqueles que só não são – mais – miseráveis por que almoçam e jantam todos os dias – ou são – por que para eles, valor tem os operários padrões, ou seja, o resto são boêmios ou desocupados ou mesmo fanfarrões, pois aquele que tem valor é o que se mata – talento, quem deve ter é somente artista da globo, de cara bonitinha e bem afeiçoado – tendo que levantar as 5 de la matina para pegar o ônibus lotado, cheio de conterrâneos e donas Maria falando da vida – que normalmente envolve relacionamentos amorosos – e agora o que é pior temos que agüentar o povo que não conhece fones de ouvido e que querem mostrar para o mundo que tem bens e posses com um celular de “ultima geração” da China ouvindo Funck – é assim mesmo por que esse gênero não tem nem escrita certa — ou qualquer outra baboseira musical, compartilhando com todos aqueles que querem – ou não — o seu gosto (ridículo) musical.
E com isso o que constatamos? Respondo.
Que os mais valorizados são os peões ou senão as madames de centro de estética – que até barbeiro ficou “chic” – que a maioria não sabe que é uma palavra francesa e a usa por osmose – e virou nada a mais, nada a menos do que “hair stylist”.
Outra coisa que me intriga sobre valorização – ou dês – e sobre vernáculo...
O que demérita nossa língua pois o mais belo, o mais sofisticado é somente o estrangeiro...
Vejo a dona “Creusa”e o seu “menu” de opções – vamos deixar a redundância de lado não é verdade – com suas “french nails”, “chocolate brush” e cositas mas, atendendo no seu esthetic center na Cidade Ademar ou na Rua do Céu... Ah! Faça me o favor né.
Os conterrâneos não dominam o próprio vernáculo e ainda querem ser elegantes, cultos e refinados dominando a língua estrangeira – nem vamos falar sobre pronuncia pelo amor de Deus – sendo que mal sabem (pasmem) escrever em sua própria língua.
Acredito, penso, reflito – e no final “acho” — que há uma inversão de valores na sociedade...
Não somente o pobre fica mais pobre e o rico mais rico, mas o burro fica mais suscetível a ser mandado e o rico(digo rico mesmo tipo senadores e....) cada vez mais sonegando não só dinheiro e também a educação do pobre que por sua vez se contenta com carnaval, bunda, novela e morte quando se trata de noticias televisivas.

Bom, até a próxima e viva as redes de televisão....


Ramakrishna