quinta-feira, 21 de julho de 2011

Confissões de um docente!!!

Obituário

Vinte e seis anos, dez meses e vinte e nove dias. È a idade que eu tinha quando peguei o vinte e dois que era do meu pai trancado na gaveta do criado mudo, no quarto, fui até o banheiro, sentei sobre o vaso, enfiei o cano dentro da minha boca e segurei com as duas mãos com o dedo polegar sobre o gatilho e puxei.
Me acharam depois de um dia, dia e meio. Dizem que parte do meu cérebro ficou grudada, secando no azulejo. Não lembro.
Por que fiz isso? Tava de saco cheio, entende? Não tava mais querendo brigar com o mundo, ser hipócrita, fingir que eu era importante. Tapar hemorragia com bandeidi. Ter que acordar todo dia, perceber a sua cara amassada no espelho, ver que você só ta envelhecendo, os cabelos caindo, ficando brocha, gordo, papudo, e o que fez da vida? Você olha pra trás e, o que aconteceu? Nada. Nenhum fato, alguma coisa que realmente marcasse, alguém que fizesse a diferença. Nada. Foi por isso.
Naquele dia acordei decidido. Não foi nada de cabeça quente. Já estava pensando sobre o assunto há muito tempo, já tinha feito vários ensaios: faca sobre o pulso, coquetel de remédios, veneno. Mas ficava só na preparação, nunca consumava o fato. Era assim toda vez que acordava as quatro, cinco da madruga, pensando na escola, nas mudanças, no meu trampo e no que eu poderia fazer. A cabeça girando, parecendo um quebra cabeças, um labirinto. Eu entrando na nóia, ficando depressivo. Por nada já chorava. Com medo de pegar nos livros, estudar: medo de ir pra escola. A única vontade era de entrar no carro e sumir. Pegar uma auto-estrada dessas ai e sumir. Deixa tudo pra trás, feito poeira.
Já procurei tratamento, já fui na igreja, psicólogo particular. Já fui até no quinto andar do Servidor. O psiquiatra la, com uma cara de bunda, fingindo que ta me escutando, Depois passa uma bosta duma receita qualquer, me da uns dias de licença e próximo! Tá limpo. Tô fora, meu irmão. Se me chapar de remédio é sanidade eu quero é ficar louco. E limpo.
Se for a coisa certa? Cara, todo dia morre não sei quantas pessoas no mundo: AIDS na África, bomba no Iraque, conflitos no Quênia; adolescente disparando a esmo dento de colégio nos EUA, assalto no jardins, acerto de conta na Perifa, morador queimado no Glicério. Vocês interrogam todo esse pessoal, perguntando se o que aconteceu com eles foi certo? Qual o problema do suicídio? Principalmente agora que eu to morto, pra que vocês querem estudar o meu raciocínio? É tão difícil aceitar que esse mundo ta podre, que tá tudo errado, tudo pelo avesso? Que a vida não é o que se pinta nas novelas da televisão que escola não é o que aparece na Malhação? Que tem gente que não quer mais continuar fazendo esse jogo. E se foi só isso, eu quis decretar o meu fim. Posso? Tenho esse direito?
Errado é essa molecada na rua. Século vinte e um e você encontra pessoas sem um teto pra morar, morrendo por falta de atendimento nos corredores dos hospitais. Todo dia alguém bater na sua porta, tocar sua campainha: Tem isso? Tem aquilo? As pessoas se humilhando. Ver marmanjo ai, de vinte, trinta anos, uma puta disposição, uma puta vontade e não tem emprego. Não tem qualificação, não tem oportunidade. Pai de família chorando, não tendo um tento pra comprá o leite pro filho. Isso é errado. Agora, eu me dar um tiro_ Eu machuquei alguém? Feri alguma pessoa? Não parei o transito, não atrasei o lado de nenhum trabalhador. Nem tiveram que fechar shopping, banco, ninguém decretou luto. Só minha escola. Mas ai a molecada, no fundo, até que gostou, ficou um pouquinho feliz.
Você. Você acha que eu não pensei nos meus alunos?
Lógico que pensei. Alias, só penso neles. Eles são a minha preocupação principal. Mas eu cansei. Cê faz um trampo sério e não é reconhecido; trabalha, trabalha e, no fim do mês, uma merreca de salário. Vê um monte de gente enrolando, falando bobagem abusando do posto, tratando mal a molecada e curtindo uma com a sua cara de otário. Ve o governador na TV mostrar uma escola que não existe e tem que ficar calado. Ver a Secretaria de Educação, que não conhece a realidade, querendo te ensiná o beabá e tem que ficar calado. A Super Nanny, cara, dizendo como você tem que educar o seu filho e tem que, ah, na boa né mermão? Chega. Minha cabeça explodiu só isso.
E não me arrependo não. Não pedi pra nascer, tá ligado?
Me jogaram nesse mundo fudido sem me perguntar o que eu achava disso. Tão acabando com o mundo, aquecimento global, desmatamento, poluição, consumo e ninguém me pergunta o que eu acho disso. Eu me dou um tiro e... por que cê fez isso?
A questão é, por que não faz? Fica ai como um Zé se enganando, se acabando, dando milho. Ah, não me critiquem. Se vocês querem continuar sangrando, devagar, se iludindo, tudo bem. Mas eu desci do barco.
Assumi o meu rumo. Acho melhor vocês fazerem o mesmo.
Uma hora ou outra ele vai afundar mesmo.

Texto extraído do livro: “Te pego lá fora” de Rodrigo Ciríaco
Editora Toró, 2006, São Paulo

terça-feira, 21 de junho de 2011

Verdade existe?

Verdades
O que buscamos hoje me dia?
A verdade, mas como podemos obter a verdade, qual o critério de verdade contido na vida?
Refletiremos um pouco. Sócrates buscava nos seus diálogos sempre a verdade que poderia haver em determinadas posturas e determinados atos, Einstein também procurava a verdade através do átomo.
Isso até hoje é questionado, ou seja, na há verdade no ser humano que seja absoluta, há subversão em tudo que vivemos, há hipocrisia na nossa verdade.
Hoje como ontem temos valores diferentes, pois os que se dizem ser de esquerda na verdade são hipócritas de direita e vice versa, mas como o lado subversivo é mais contundente na sua retórica é de igual conivência sê-lo, e como disse um ilustre político, “o poder é como violino, se toma pela esquerda e se toca na direita”.
O que podemos definir com isso?
Que os diálogos e a filosofia Socrática até hoje é a mais coerente, pois a verdade é sempre contestada, o ponto de vista é sempre contestado, a índole é sempre contestada, ou seja, para tudo há contestação, nada é absoluto, nada é tão contundente que não possa ser contestado em momento algum.
Luis Fernando Veríssimo tem uma frase que na minha opnião é genial que diz:
“O fanático religioso que expõe o seu ponto de vista, nunca esta disposto a ouvir o ponto de vista alheio”.
E outra muito boa para retórica frustrada diz o seguinte:
“Fanatismo consiste em redobrar seus esforços quando você esqueceu seus objetivos.”
George Santayana
Então podemos ver que diante das citações as retóricas e mesma as Greco-romanas, tanto dos sofistas como dos retóricos são questionáveis.
Cícero é questionável, Edison é questionável, ou seja todos nós somos e temos que rever nossas condutas e nossos pensamentos diariamente, pois o verdadeiro sábio não é aquele que mantém um pensamento mas aquele que consegue variá-lo sem perder a sua essência, pois temos que aprender com a água que não briga com o meio ambiente e sim se adapta a ele.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Brasileiro e seus pensamentos

Mentalidades

O que podemos pensar sobre mentalidade no Brasil?
Há vários tipos de mentalidades, mas a mais latente é a mentalidade escrava, essa sim assola nosso país.
Na verdade isso percorre o nosso âmago há mais de 400 anos, pois o brasileiro não se libertou mentalmente do que sofreu nos últimos séculos.
É tão hereditária a coisa que, mesmo os que não conhecem a história, os semi, os funcionais, ou seja todos os anafalfabetos, tem tendências escravas ou escravocratas.
Vejamos da seguinte forma:
Podemos dizer que o chefe dos garis, ou seja, aquele que tem um pouco mais de estudo, ou de competência, portanto o que acredita que se sobressaiu entre os outros. Acredita ele que por estar a um patamar acima dos demais, dentro de sua área, pode se dar ao luxo de menosprezar aqueles que estão no lugar ele onde esteve antes.
A nossa sociedade é tão conivente com essa mentalidade que nem se da conta do que acontece nos que estão inseridos.
O pior de tudo que, o pobre luta contra o pobre, o ignorante menospreza o ignorante.
O fato chega a ser cômico, as pessoas que deveriam unir-se para se tornarem cada vez mais acima do medíocre não o fazem, ou seja, aquiescem a sua condição, se tornam feias ou não belas segundo Aristófanes em o Banquete de Platão.
O triste dentro do que pensa a sociedade é como poderíamos solucionar essa problemática, pois posso aludir ao equivoco de Proudon ao se remeter ao escravagismo e ser contestado por Marx.
Os brasileiros estão equivocados com a sua condição, mas diz um ditado interessante “a ignorância traz a felicidade”, e partindo dessa máxima é isso que o brasileiro é ignorante. Sim, Da sua própria historia, partindo do principio que o escravagismo não foi primeiramente do europeu para o africano e sim de etnias d mesmo continente.
Acreditando ainda que o negro é raça inferior – tem alguns que acreditam nisso – e que o escravagismo é somente porque os negros não tem capacidade.
Hoje em dia está muito além disso, mas para as mentes retrogradas continua sendo dessa forma, ou pior, eles – os pseudo chefes – acreditam que todos que estão abaixo hierarquicamente são inferiores, no entanto, ele abaixa a cabeça aos seus superiores.
Como podemos chamar pessoas assim senão de meros “capatazes”.
Sim, capatazes, pois não mandam em absolutamente nada, porém ao mais fracos querem ter potência, ou melhor, têm vontade de potência e nada mais do que isso.
Fracos psicologicamente que não tem capacidade de se sentirem bem apenas cumprindo o seu dever. Tem de massacrar o outro pobre saciar seu ego efêmero ter o gosto da autoridade esvaindo pelos seus poros, que seja apenas passageiro, mas que os tenha.
Vemos isso não somente no mundo corporativo, podemos ver entre pessoas formadas e atuantes no ramo educacional que maltratam e ferem o ego de crianças que estão sob sua tutela, que são seres que estão em formação cívica e que se deparam com pessoas de ego subestimado por elas mesmas que estragam a vida daqueles que deveriam ajudar.
Vemos isso nas ruas, pois policiais que deveriam proteger, primeiramente, o pobre, o desamparado, são os primeiros que os agridem. O pobre que por estar fardado, estar com o poder da autoridade, acredita que pode massacrar tanto verbalmente como mentalmente e fisicamente aqueles que deveria proteger.
E em prol do que fazem isso?
Em prol do mais forte, reiterando, são capatazes a serviço do senhor de escravo.
E quem será o verdadeiro senhor de escravo que não nos deixa, nos dando pão e circo, evoluirmos???
Ficamos ai com o pensamento.

Ramakrishna

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Casamento!!!

A favor do casamento gay!!!

Como sempre digo, não sou contra gays em geral, mas não gosto de viadinho.
Vejam bem, todos pregamos ser iguais perante a lei e conforme o artigo 5º da constituição, realmente somos? Porém, muitas pessoas pregam a igualdade, ser iguais mas o que cunha em sermos iguais.
Temos aqui no Brasil vários pseudo-s movimentos, por exemplo, no dia 1º de maio temos o dia do trabalho e nossas centrais sindicais, ao invés de lutar por direitos melhores do trabalhador fazem festas e dão prêmios para o pobre, conforme os gregos, é a cultura do pão e circo para ludibriar o néscio, que deixa-se fazer. Temos também muitas outras manifestações que dizem ser de esquerda, mas como disse um ilustre político:
“O poder é como um violino, nós pegamos pela esquerda e tocamos pela direita.”
Sendo assim, há no Brasil, reiterando, muitos pseudo-s movimentos, que mais um citado e que não causa repercussão nenhuma foi o da tarifa de ônibus, que na minha opinião, só causou algazarra e agora, apesar de ser cômico, o do churrascão em frente a quase, não futura estação de metrô da avenida Angélica.
Agora veja bem, na dificuldade em que anda o Brasil, seja financeiramente, seja na área educacional, seja na área no mercado de trabalho temos inúmeras deficiências não divulgadas pela mídia.
Temos aqui além de profissionais, em todas os campos, mal remunerados, mal preparados – graças as uniesquinas espalhadas por ai – e mal empregados, pois as empresas não empregam aqui no Brasil – a maioria delas, principalmente no mundo corporativo – por perfil de imagem e não de capacidade, sobrevivendo no submundo que é o Brasil e isso é o que chamamos de superficialidade que supera a velocidade, pois a necessidade do Brasil em crescer e ver o povo evoluir em diversos campos é utópica.
Então penso que a vida do brasileiro é um tanto quanto fútil, mesmo porque somos o país das chuteiras e vemos que, os inventores do futebol tem muito mais cultura acadêmica e de seu próprio povo e país – isso porque chamam o futebol de tradição nacional e de paixão –, mas que tem a mesma ou mais tradição no esporte que nós – e não considero talento, pois realmente não desprezo o que temos, tanto que exportamos atletas – e nem por isso se matam ou são menos cultos, mesmo porque uma criança do país que inventou a “nossa tradição”, pode até não conhecer toda sua obra mas conhece no mínimo o nome de Shakespeare, e em contra partida, uma mesma criança do nosso pais, nossa pátria de chuteiras não sabe e nunca ouviu falar, e digo como comparação principalmente em neologismos, nosso Guimarães Rosa, e não sabem na verdade nem o que é neologismo, super cultura nossa pátria amada.
A defasagem cultural aqui é tão imensa que estamos dando importância – mesmo os mais radicais – a um projeto de lei que regulariza uma união homo afetiva como se isso fosse influenciar em nossa vida – e digo como hetero --, a mídia coloca isso em pauta a todo momento e o que era uma vergonha ontem, hoje é motivo de orgulho.
Como disse e reitero, não sou contra opção sexual de ninguém mesmo porque não fará diferença na minha vida, mas acho que se eles querem lutar por um direito que é deles, porque não o fazem de outra forma...
Digo mais, quando é em prol das cotas toda a mídia esquece-se da contribuição do negro para esse país, ou melhor, quando se fala em cotas, pseudo negros que vão buscar em sua arvore genealógica um avo escravo da primeira remessa dos que vieram – mesmo tendo cabelo loiro e de lente verde como eu já vi – se auto identificando como negro, nenhuma mídia inibe esse comportamento ou da vazão a esse tipo de informação, muito pelo contrario, colocam um “mulatinho” radical, que não sabe de nada, tampouco de sua própria historia falando que não quer esmola de ninguém e que as cotas são humilhação, ai pergunto:
E a humilhação que passamos durante 500 anos e que passamos até hoje?
O governo está tão empenhado nisso que as ultimas viradas culturais que tiveram menos – e ainda – a desse ano foi e coincidiu com o dia 20 de novembro, interessante, não?
E o pior, ninguém se deu conta disso, muito pelo contrario, na primeira as bandas anteriores ao Racionais Mc´s já deixaram o povo incitado à bagunça, mas todavia o show dos negros paulistanos que, agem como negros e falam como negros e que cantam na suas letras para o negro e falam mal do sistema e não sobre a lua, o mar,o lual, a garota, a praia, que explodiu a briga, trazendo para mídia a imagem deturpada do negro
Mas o bonito e fazer manifestação, parada gay, com milhão de pessoas, que saem de casa para exibir seus corpos, para fazerem “bonito” perante a grande mídia, e quando divulgam alguma briga ou arruaça e de grupos radicais – e nunca tradicionais, podem perceber – que estão agindo como animais e ferindo o direito do cidadão de ir e vir. Mas vejam bem, onde fica o pudor ou será que só pra mim é ofensivo e agressivo dois machos barbados se beijando em pleno jornal nacional ou gogo boys – que dizem ser heteros, HAHAHA – rebolando de sunga no horário nobre. Ah façam-me o favor!!!
Tantas coisas para nos preocuparmos e vamos dar ênfase a casamentos gays, se aprovarem muito bem, senão não elejam quem votou contra, mas ficar dando ênfase a isso quando a educação aqui esta do jeito que esta, o pobre comendo cada vez pior, o rico, aquele que elegemos pra nos representar quadriplicando sua fortuna através do cargo que “democraticamente” demos pra ele, e mesmo assim queremos ficar debatendo casamento gay?
Olha o numero de besteiras que o brasileiro, que se diz culto, fez em menos de um ano:
1- Elegemos o Tiririca, que alem de ter um cargo na educação – piada né --, ainda conseguiu nomear cinco safados que sabemos da corrupção cometida por eles e no entanto elegemos um palhaço, em sinal de protesto – contra quem? – que trouxe com ele todos esses corruptos.
2- Quase elegemos novamente o Maluf.
3- Quase elegemos novamente o Collor.
4- Participamos de maias um primeiro de maio e fizemos festa como se o emprego aqui suprisse nossas necessidades básicas.
5- Participaram da maior parada gay do planeta (como se São Paulo fosse tão liberto de estigmas como Londres ou Nova Yorque)
6- Entramos em crise, graças em partes aos produtos que produzimos mas que são subsidiados por outros países, e então não podíamos exportar e não temos cacife para consumir nosso produto “for export”.

Então, aonde estamos, em que mundo vivemos que valores estão deturpados.
Não que seja a favor do cidadão de bem, mas aonde fica a família brasileira ou será que todos os pais e mães são felizes de verem seus bebes – pois filhos serão sempre bebês pros pais --, aqueles que cuidamos quando crianças, que demos amor, que compreendemos, que ensinamos, ver beijando um ser do mesmo sexo em horário nobre...

Preciamos rever valores...


Ramakrishna

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Retorica de formatura... orador... hehe

Um dia virá em que só se terá um único pensamento: Educação (F. Nietzsche)
O quanto perdemos para estarmos aqui hoje? Noites de sono? Passeio com amigos ou namoradas (os)?
De muitas coisas nos privamos para estarmos aqui hoje, para sermos homenageados, para estarmos em um patamar um pouco mais elevado, para começarmos a próxima etapa do fado que nos apraz, procurando um lugar entre os melhores.
Talvez, para muitos de nós não tenha sido uma perda, mas um ganho, pois nos privamos sim, mas estamos nos dando esse orgulho.
E se nos privamos de muitas coisas, então o que ganhamos?
Conseguimos extrair, dos nossos mestres, aquilo que nunca conseguirão nos tirar: o conhecimento.
Tínhamos um milhão de sonhos, bens quase nada, momentos risonhos, tensos, não sei, quantas madrugadas em desencontros com nosso sono, nosso sagrado descanso.
E agora poderemos realizar esse sonho, aliás, estamos realizando um deles hoje.
Entorpecemos-nos, todas essas madrugadas, de conhecimento, ficamos tresloucados de tantas informações, que nos foram e irão ser sempre úteis.
E como disse Krishna “No mundo mental, pensar é agir.”. Aprendemos a pensar, a refletir, a analisar, então de acordo com essa premissa, mesmo estáticos fisicamente estamos em constante movimento, em constante elevação.
E em prol de que fizemos isso?
Dessa primeira conquista, desse primeiro passo, desse pequeno degrau que conseguimos subir.
O conhecimento que adquirimos graças àqueles que nos conduziram por esse vale infindável, foi, será surpreendente, impagável, o que nos proporcionaram não tem preço, é inestimável.
A partir do momento que escolhemos nossas carreiras, entramos em sala de aula, queremos muito mais que um simples diploma, queremos tomar deles aquilo que não irá fazer-lhes falta, que nos darão com um imenso prazer, àqueles que se propuseram de coração a serem nossos mestres, os condutores do nosso saber.
Agradecemos àqueles que, queridos nossos, suportaram nossa ausência, em momentos em que fizemos falta e àqueles que tentaram nos tirar do nosso caminho agradecemos também, pois sem eles não valorizaríamos e saberíamos que somos melhores do que eles desejaram e agradecemos principalmente a nós mesmos por sermos perpendiculares em nosso caminho em busca do conhecimento.
Nossa vida a partir de hoje tem um rumo diferente, temos a pulcridade do conhecimento, deixamos as trevas dos néscios, adquirimos a sublimidade de seres pensantes.
Agradeço a minha mãe, ou melhor, a todas as mães ou melhor ainda, a todas as mulheres que estiveram em nossas vidas, por serem nosso símbolo vital, a nossa fonte inspiradora, nosso alicerce, a sensibilidade cabível a elas, o ventre que nos concebeu, a vida que representam, a Afrodite Uraniana agregada a cada uma delas.
Agradeço aos homens, pela virilidade, que sem ela, não seriamos corajosos, a ponto de trilharmos com coragem e determinação, superando os obstáculos que apareceram, valorizar o deus Modi que existe em cada um deles, seja pai, seja filho, seja tio ou aquele presente nos momentos em que mais precisamos desse exemplo viril em nossas vidas.
Lamentamos a ausência daqueles que nos deixaram no meio desse caminho, que hoje, fora do plano físico, nos observam, e acredito eu que estão felizes, por verem que tivemos mais uma vitória em nossas vidas, e que como em algum momento de sua vida disse o saudoso Guimarães Rosa “As pessoas não morrem, ficam encantadas.” Agradecemos a todos eles que fazem falta, mas que foram a força que precisávamos para estarmos aqui e iremos sempre precisar da memória deles conosco.
Que sejamos iluminados no caminho que escolhemos e que tenhamos o respaldo daqueles que nos cercam.
Somos privilegiados por estarmos aqui hoje, por ter atravessado todo esse mar de dificuldades e cada um em seu momento já pensou em desistir e não o fez, por acreditar que em um futuro, por acreditar que isso é a melhor fase da vida.
Nunca mais teremos momentos, que na faculdade foram únicos pois, encontramos amigos para a vida, brigamos, discutimos, discordamos uns dos outros, encontramos amores passageiros e muitos eternos, encontramos família, coisa que, não teremos isso nesse ambiente novamente e iremos sentir falta, tanto dos colegas de sala, quanto da perturbação com aqueles montes de perguntas aos mestres e até mesmo as pessoas que tivemos menos afinidade não sairá de nosso pensamento porque o momento universitário é único e também impagável.
Agradecemos a força superior por nos proporcionar esse momento único para nós a cada aula, a cada minuto, a cada segundo que estivemos em companhia dos nossos mestres, dos nossos amigos e dos nossos colegas e que daqui em diante sejamos felizes, de formas diferentes, com experiências diferentes, tanto profissional, como pessoal, mas que sejamos felizes, ontem, amanhã e sempre em nossas vidas.


Ramakrishna

Sejamos dramaticos...

Excesso de drama

Como pode ser fácil viver sem drama em nossas vidas???
Muitas pessoas fazem questão de buscar conflitos na vida, caçam problemas ao invés de manter-se ou ocupar a cabeça de forma produtiva, cultural, sei lá, há uma série de meios.
Nossas vidas poderiam ser bem mais simples, mas não, as pessoas parecem que divertem-se tendo ou criando problemas para os alheios.
Tempo que, em muitas ocasiões poderiam ser utilizados de forma aprazível à todos, de forma com que, por exemplo, casais assistissem mais filmes, lessem mais livros juntos, discutissem, não a relação, mas uma tese duvidosa que por ventura leram em algum lugar, ou algum bom filme que não seja ficção de Hollywood – utópico não, rs – mas preferem, sim, terem discussões de relacionamento constantes -- ou regravação em “Hollyrerecordwood” né, pois agora só vivem disso, rs – mas preferem ver novelas, Big Brother, ou cositas do gênero.
Homens e mulheres neuróticos com possíveis traições, pessoas surtando com aquilo que todavia ira ou mesmo não tendo certeza que não vai acontecer ou não aconteceu, são coisas que não temos certeza, mas nos preocupamos e ficamos enchendo o saco alheio com frustrações que deveríamos sanar nós mesmos – a única vantagem que vejo é a do psicólogo que fica cada vez mais abastado financeiramente.
Como diz Sêneca em epistolas escritas ao amigo que ninguém realmente sabe que existiu – e para não ter citações literárias, vou sintetizar a idéia --, todo acontecimento na vida é passageiro, ou seja, morremos a cada ato que finalizamos, ainda assim morremos a cada momento, e não nos acostumamos com a idéia da morte, achamos que a morte é algo distante, que vai nos acontecer, mas somente quando estivermos preparados física e psicologicamente. Mas na verdade a morte espreita de soslaio em torno de nós.
Temos que nos conscientizar que, na vida somos solitários, as pessoas agregam valores, mas não mais que isso em nossa vida – mas tem as que subtraem --, mas que para alem disso somos únicos, seres pensantes, cada um com sua índole, valores, consciência e o mais importante de tudo, individualidade.
Respeitar o espaço e a individualidade alheia é já um passo importante para o reconhecimento e a ausência do drama.
Como em algum momento da vida uma amiga disse-me: “A paz é a ausência do drama, e o drama é opcional”, coisa que, concordo em gênero, numero e grau, podemos com isso evitar diversas situações, constrangimentos, ou mesmo comportamentos arredios em nossa vida – eu e minhas costas que o digam, rs --, pois isso causa uma série de conseqüências para o nosso corpo, e de acordo com varias filosofias, nosso corpo é um templo e devemos preservá-lo.
Mas como preserva um templo se toda hora tem um vândalo tentando destruí-lo, e o pior, de dentro para fora.
Pergunto-me todas às vezes sobre o conceito de normalidade e toda vez chego à mesma conclusão de que as pessoas não têm mais nada para fazer da vida do que fuçar a vida alheia e não contentes com isso ainda perturbam o sossego alheio.
Não sei se esse conceito de normalidade – mais um né -- e mais um fatal erro de conduta, mas como os cidadãos de bem sente-se bem em fuçar ou bisbilhotar a vida dos outros e achar que isso é belo, sim estou citando a Big besteira Brasil – doravante BBB --, que da a sensação dos idiotas de plantão de que controlam alguma coisa, que são donos de alguma situação, a “globoalização” delega aos estúpidos o poder de dramatizar a vida dos outros idiotas – que pelo menos tem um motivo pra serem idiotas pois recebem bem para se manter naquele papel ridículo de ser observado – que estão dentro de uma casa, estúpida, tendo comportamentos considerados normais, ou seja, mais uma novela da vida real.
Agora como fica os idiotas dos brasileiros que ao invés de lerem algum livro ficam ligados no “plin plin” fuçando a vida alheia.
Ficam mais ou menos com um discurso da seguinte forma “ Nois num tem oportunidade pruque nois é pobre e u guverno num oia pelus pobre não”.
Como diria Guevara, “Se há governo, sou contra” e partilho da mesma conversa, mas o governo da subsidio – mínimo – para a educação e como tenho visto por ai, os kits – para alem da roupa e do material – de livros são com títulos muito bons que se na minha época tivesse tido acesso a esse universo de informações que os jovens tem hoje, estaria em um melhor patamar.
Mas são os mesmos pensantes que dão com uma mão e tiram com a outra e entregam além de livro pro povo – que, diga-se de passagem, vira calço pra mesa aonde esta a telinha que visualiza o nosso tão bem querido plin plin --, dão o futebol, o BBB, as novelas e os programas de dramas como Brasil Urgente e outros do gênero, para ter mais drama na vida do povo...

Pelo momento é só (eu acho)!!!

Até a próxima...

Ramakrishna