quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Retorica de formatura... orador... hehe

Um dia virá em que só se terá um único pensamento: Educação (F. Nietzsche)
O quanto perdemos para estarmos aqui hoje? Noites de sono? Passeio com amigos ou namoradas (os)?
De muitas coisas nos privamos para estarmos aqui hoje, para sermos homenageados, para estarmos em um patamar um pouco mais elevado, para começarmos a próxima etapa do fado que nos apraz, procurando um lugar entre os melhores.
Talvez, para muitos de nós não tenha sido uma perda, mas um ganho, pois nos privamos sim, mas estamos nos dando esse orgulho.
E se nos privamos de muitas coisas, então o que ganhamos?
Conseguimos extrair, dos nossos mestres, aquilo que nunca conseguirão nos tirar: o conhecimento.
Tínhamos um milhão de sonhos, bens quase nada, momentos risonhos, tensos, não sei, quantas madrugadas em desencontros com nosso sono, nosso sagrado descanso.
E agora poderemos realizar esse sonho, aliás, estamos realizando um deles hoje.
Entorpecemos-nos, todas essas madrugadas, de conhecimento, ficamos tresloucados de tantas informações, que nos foram e irão ser sempre úteis.
E como disse Krishna “No mundo mental, pensar é agir.”. Aprendemos a pensar, a refletir, a analisar, então de acordo com essa premissa, mesmo estáticos fisicamente estamos em constante movimento, em constante elevação.
E em prol de que fizemos isso?
Dessa primeira conquista, desse primeiro passo, desse pequeno degrau que conseguimos subir.
O conhecimento que adquirimos graças àqueles que nos conduziram por esse vale infindável, foi, será surpreendente, impagável, o que nos proporcionaram não tem preço, é inestimável.
A partir do momento que escolhemos nossas carreiras, entramos em sala de aula, queremos muito mais que um simples diploma, queremos tomar deles aquilo que não irá fazer-lhes falta, que nos darão com um imenso prazer, àqueles que se propuseram de coração a serem nossos mestres, os condutores do nosso saber.
Agradecemos àqueles que, queridos nossos, suportaram nossa ausência, em momentos em que fizemos falta e àqueles que tentaram nos tirar do nosso caminho agradecemos também, pois sem eles não valorizaríamos e saberíamos que somos melhores do que eles desejaram e agradecemos principalmente a nós mesmos por sermos perpendiculares em nosso caminho em busca do conhecimento.
Nossa vida a partir de hoje tem um rumo diferente, temos a pulcridade do conhecimento, deixamos as trevas dos néscios, adquirimos a sublimidade de seres pensantes.
Agradeço a minha mãe, ou melhor, a todas as mães ou melhor ainda, a todas as mulheres que estiveram em nossas vidas, por serem nosso símbolo vital, a nossa fonte inspiradora, nosso alicerce, a sensibilidade cabível a elas, o ventre que nos concebeu, a vida que representam, a Afrodite Uraniana agregada a cada uma delas.
Agradeço aos homens, pela virilidade, que sem ela, não seriamos corajosos, a ponto de trilharmos com coragem e determinação, superando os obstáculos que apareceram, valorizar o deus Modi que existe em cada um deles, seja pai, seja filho, seja tio ou aquele presente nos momentos em que mais precisamos desse exemplo viril em nossas vidas.
Lamentamos a ausência daqueles que nos deixaram no meio desse caminho, que hoje, fora do plano físico, nos observam, e acredito eu que estão felizes, por verem que tivemos mais uma vitória em nossas vidas, e que como em algum momento de sua vida disse o saudoso Guimarães Rosa “As pessoas não morrem, ficam encantadas.” Agradecemos a todos eles que fazem falta, mas que foram a força que precisávamos para estarmos aqui e iremos sempre precisar da memória deles conosco.
Que sejamos iluminados no caminho que escolhemos e que tenhamos o respaldo daqueles que nos cercam.
Somos privilegiados por estarmos aqui hoje, por ter atravessado todo esse mar de dificuldades e cada um em seu momento já pensou em desistir e não o fez, por acreditar que em um futuro, por acreditar que isso é a melhor fase da vida.
Nunca mais teremos momentos, que na faculdade foram únicos pois, encontramos amigos para a vida, brigamos, discutimos, discordamos uns dos outros, encontramos amores passageiros e muitos eternos, encontramos família, coisa que, não teremos isso nesse ambiente novamente e iremos sentir falta, tanto dos colegas de sala, quanto da perturbação com aqueles montes de perguntas aos mestres e até mesmo as pessoas que tivemos menos afinidade não sairá de nosso pensamento porque o momento universitário é único e também impagável.
Agradecemos a força superior por nos proporcionar esse momento único para nós a cada aula, a cada minuto, a cada segundo que estivemos em companhia dos nossos mestres, dos nossos amigos e dos nossos colegas e que daqui em diante sejamos felizes, de formas diferentes, com experiências diferentes, tanto profissional, como pessoal, mas que sejamos felizes, ontem, amanhã e sempre em nossas vidas.


Ramakrishna

Sejamos dramaticos...

Excesso de drama

Como pode ser fácil viver sem drama em nossas vidas???
Muitas pessoas fazem questão de buscar conflitos na vida, caçam problemas ao invés de manter-se ou ocupar a cabeça de forma produtiva, cultural, sei lá, há uma série de meios.
Nossas vidas poderiam ser bem mais simples, mas não, as pessoas parecem que divertem-se tendo ou criando problemas para os alheios.
Tempo que, em muitas ocasiões poderiam ser utilizados de forma aprazível à todos, de forma com que, por exemplo, casais assistissem mais filmes, lessem mais livros juntos, discutissem, não a relação, mas uma tese duvidosa que por ventura leram em algum lugar, ou algum bom filme que não seja ficção de Hollywood – utópico não, rs – mas preferem, sim, terem discussões de relacionamento constantes -- ou regravação em “Hollyrerecordwood” né, pois agora só vivem disso, rs – mas preferem ver novelas, Big Brother, ou cositas do gênero.
Homens e mulheres neuróticos com possíveis traições, pessoas surtando com aquilo que todavia ira ou mesmo não tendo certeza que não vai acontecer ou não aconteceu, são coisas que não temos certeza, mas nos preocupamos e ficamos enchendo o saco alheio com frustrações que deveríamos sanar nós mesmos – a única vantagem que vejo é a do psicólogo que fica cada vez mais abastado financeiramente.
Como diz Sêneca em epistolas escritas ao amigo que ninguém realmente sabe que existiu – e para não ter citações literárias, vou sintetizar a idéia --, todo acontecimento na vida é passageiro, ou seja, morremos a cada ato que finalizamos, ainda assim morremos a cada momento, e não nos acostumamos com a idéia da morte, achamos que a morte é algo distante, que vai nos acontecer, mas somente quando estivermos preparados física e psicologicamente. Mas na verdade a morte espreita de soslaio em torno de nós.
Temos que nos conscientizar que, na vida somos solitários, as pessoas agregam valores, mas não mais que isso em nossa vida – mas tem as que subtraem --, mas que para alem disso somos únicos, seres pensantes, cada um com sua índole, valores, consciência e o mais importante de tudo, individualidade.
Respeitar o espaço e a individualidade alheia é já um passo importante para o reconhecimento e a ausência do drama.
Como em algum momento da vida uma amiga disse-me: “A paz é a ausência do drama, e o drama é opcional”, coisa que, concordo em gênero, numero e grau, podemos com isso evitar diversas situações, constrangimentos, ou mesmo comportamentos arredios em nossa vida – eu e minhas costas que o digam, rs --, pois isso causa uma série de conseqüências para o nosso corpo, e de acordo com varias filosofias, nosso corpo é um templo e devemos preservá-lo.
Mas como preserva um templo se toda hora tem um vândalo tentando destruí-lo, e o pior, de dentro para fora.
Pergunto-me todas às vezes sobre o conceito de normalidade e toda vez chego à mesma conclusão de que as pessoas não têm mais nada para fazer da vida do que fuçar a vida alheia e não contentes com isso ainda perturbam o sossego alheio.
Não sei se esse conceito de normalidade – mais um né -- e mais um fatal erro de conduta, mas como os cidadãos de bem sente-se bem em fuçar ou bisbilhotar a vida dos outros e achar que isso é belo, sim estou citando a Big besteira Brasil – doravante BBB --, que da a sensação dos idiotas de plantão de que controlam alguma coisa, que são donos de alguma situação, a “globoalização” delega aos estúpidos o poder de dramatizar a vida dos outros idiotas – que pelo menos tem um motivo pra serem idiotas pois recebem bem para se manter naquele papel ridículo de ser observado – que estão dentro de uma casa, estúpida, tendo comportamentos considerados normais, ou seja, mais uma novela da vida real.
Agora como fica os idiotas dos brasileiros que ao invés de lerem algum livro ficam ligados no “plin plin” fuçando a vida alheia.
Ficam mais ou menos com um discurso da seguinte forma “ Nois num tem oportunidade pruque nois é pobre e u guverno num oia pelus pobre não”.
Como diria Guevara, “Se há governo, sou contra” e partilho da mesma conversa, mas o governo da subsidio – mínimo – para a educação e como tenho visto por ai, os kits – para alem da roupa e do material – de livros são com títulos muito bons que se na minha época tivesse tido acesso a esse universo de informações que os jovens tem hoje, estaria em um melhor patamar.
Mas são os mesmos pensantes que dão com uma mão e tiram com a outra e entregam além de livro pro povo – que, diga-se de passagem, vira calço pra mesa aonde esta a telinha que visualiza o nosso tão bem querido plin plin --, dão o futebol, o BBB, as novelas e os programas de dramas como Brasil Urgente e outros do gênero, para ter mais drama na vida do povo...

Pelo momento é só (eu acho)!!!

Até a próxima...

Ramakrishna