quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Das Mulheres, hoje?

Dia internacional das mulheres, ótimo, vejo varias mensagens falando sobre as mulheres, mas a maioria ainda colocando a mulher como mera bunda ou peito, e o mais triste, algumas sentindo-se bem com isso... O que seria se elas fossem apenas bunda, peito, uma barriguinha malhada e gostosa na cama? Nada, alias, nem existiríamos... Atemos-nos ao fato de algumas operarias terem sido presas e queimadas devido ao incêndio, em Nova Iorque, mas pelo visto os que se atem a isso estão sob influência –errônea – Americana e simplesmente – mas não tão simples – perderam o sentido revolucionário da data. Hoje, vemos que o dia em pauta tornou-se festivo, e os chefes, visando não haver greves ou manifestações – como na revolução de 1917 – entregam rosas vermelhas, adornos, ou gratificações no dia, ou seja, passam “mel” na boca das mulheres para que elas se tornem pacatas como sempre são – mas há sempre a ovelha desgarrada do rebanho, e viva la revolucion. Mas vamos pensar que se não fossem as mulheres, não existiria a historia, e vamos para um fato que me apraz bastante e posso falar com categoria... Todos conhecem a historia de Troia -- penso eu--, e o que diríamos se, não houvesse a Helena, o que seria da historia? Simplesmente não haveria, ou seja, graças a uma mulher fez-se historia. Outros casos interessantes, como de Niesztche, Sartre, e outros filósofos e ou intelectuais que foram gênios na vida literária, mas fizeram tudo isso por amor – frustrado -- que os fizeram pensar, filosofar e escrever obras maravilhosas. Há inúmeros casos do tipo, para poder ilustrar mas isso, não seria um texto e sim uma tese de doutorado, mesmo porque não citei Portugal médio, com suas cantigas, e o papel da mulher na sociedade medieval, burguesa e moderna. A mulher por natureza é revolucionaria, é forte, pois fraco é o que a subestima, tendo em vista que força física não vence guerras e sim intelecto superior – e digamos que Hitler, frustrado por natureza, se perdeu, pois não tinha o arrimo necessário, e alguém ou algo em algum lugar sabe o que faz e não deu essa dádiva a ele). Na verdade a sociedade é tão hipócrita, tão mesquinha que “dedica” somente um dia para seres especiais que são as mulheres, não deveria ter um dia, mas sim serem reconhecidas igualmente todos os dias, pois elas fazem o mundo mover, pois sem os incentivos que temos de nossas Atenas, não seriamos quem somos. Exemplos básicos, que somos o que somos por causa das mulheres. Penso eu que, ninguém, leitor ou ouvinte, nasceu de chocadeira, ou seja, todos temos mães, que já seria louvável colocarmos a mulher em patamar superior a de qualquer homem. Cientificamente provado a mulher tem capacidade de desenvolver mais atividades do que o homem – e ainda nos achamos superiores --, apesar de ser provado que a noção espacial do homem seja mais apurada – afinal temos que levar alguma vantagem na natureza, pois cansei de ser enganado, rs – não é isso que nos torna melhores, pois como já disse força física não vence guerras. Não estou dizendo que o homem é totalmente inferior, e nem querendo ser uma mulher, mas vejo que não damos o valor devido às mulheres, somos sim especiais, temos nossas qualidades, mas devemos reconhecer, devemos saber discernir o bom do ruim, criar parâmetros além dos sociais impostos e tirar o estigma que o homem é provedor de tudo. É sim, mas a mulher é tanto ou mais que nós, pois ela gera a vida e nós contribuímos – muitos por longos dois minutos – em uma pequena parte, pois nove meses, por mais que queiramos, não podemos fazer muita coisa. Eu tenho, até hoje, a maioria dos exemplos, sejam acadêmicos, sejam sabedoria de vida, mulheres, desde minha mãe, que é meu exemplo mor, pois foi mãe, pai, irmão, irmã, e toda família, até as professoras que me orientaram na escola e na faculdade – não todas, mas as que fizeram, eu nunca me esquecerei e serei grato enquanto lúcido, enquanto tiver lembranças --, na vida, nas mesas de bares, pois não é sempre que sento na mesa de bar pra conversar com uma mulher que tenho que ter interesse sexual, não é regra, pois algumas que estive e tive o prazer de ter como companhia, me ensinaram muito e ainda me ensinam e serão para a vida. Só tenho a agradecer e reconhecer o valor dessas pessoas fenomenais que conheci, que tive o prazer de ter um pouco delas em mim hoje e por a maioria delas me ajudar a me tornar o homem – exemplar pra uns e não pra outros – que sou hoje. Continuem se amando, sendo vocês, libertas, vencedoras, mães que são hoje e sempre, pois a revolução não será televisionada e começa por vocês.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O que seria autoridade???

O que podemos dizer sobre autoridade, o que seria autoridade???
Talvez eu possa responder de uma forma obvia e dizer que a autoridade é a policia, ou talvez quem nos rege?
O que e quem nos rege, o que consiste na justiça ou no exemplo que temos ou que fazemos, por quais caminhos devemos seguir?
Um policial exercendo seu “trabalho digno”, correndo atrás de bandidos, na rua, parando todo e qualquer “suspeito” que ele decida ser, está coerente com a justiça, está em acordo com as leis, que talvez ele mesmo descumpra, ao abordar um homem tranqüilo que, também, tem o seu serviço subalterno, ou seja, é um soldado do sistema, na guerra urbana em que está envolvido.
Que justiça é essa que persegue os menos abastados, os que não tem perspectiva de melhora nenhuma e ainda tem que passar por algumas humilhações, sem necessidade...
Qual, ou que atitude tem melhor um policial do que um professor que educa – muitas vezes o filho desses policiais – as crianças, que amanhã serão nossos lixeiros, a médicos, passando por toda hierarquia social...
Mas quando estamos nas ruas ninguém é mais valorizado ou tem mais valor do que uma pessoa com uma roupa opressora e um poder bélico maior do que a própria lei proíbe o cidadão comum de tê-la...
Ou seja, perante situações de defesa, o professor tem uma caneta pra defender-se, o que nada se compara a um poder bélico no alto da madrugada, pois aqui no nosso Brasil varonil, não se vale o conhecimento e sim o que o poder, ou seja aqueles que por causa do nosso dever de cumprir um direito obrigatório que nos assiste, colocamos pessoas que agem mais fora da lei do que o cidadão comum, no entanto tem um poder financeiro maior do que a maioria, tendo, com isso, regalias, principalmente perante àquele que está ali para defender a população, ou como diria um aforismo famoso:

“no sumo direito, a suma injuria.”

Nos dizeres de Cícero:

“E então necessário remontar àqueles dois fundamentos da justiça: primeiro, não causar prejuízo a ninguém; depois servir ao bem comum.”

Realmente é isso que vemos durante todo dia com relação a população comum, mediante àqueles que estão para “servir e proteger” (apesar dos dizeres da policia norte americana, a máxima imposta aqui, em suma, é a mesma), e não para a “nata” social....
Afinal somos a margem da sociedade, me refiro àqueles que não tem dinheiro, nem status, nem nada que o “dignifique” socialmente, que o faça ser aceito nas “altas rodas” sociais...
Sendo assim somos, perante os olhos daqueles que estão para nos proteger, para manter a “ordem social” nós, professores, médicos, ou quaisquer estudantes, que por não termos dinheiro – pois quem trabalha de forma licita, ou seja, de acordo com as leis que nos rege, feitas por aqueles que nós somos obrigados a colocar no poder --, não somos bem vistos, pois além de para sermos bem vistos, temos que nos vestir e portar como eles querem, independente do seu intelecto, temos que, para sermos respeitados, somos obrigados a ter dinheiro.
E dizendo mais, conforme Cícero:
“É de máxima relevância que, em nossa Republica, sejam respeitados os direitos bélicos.”

Isso significa que, perante ao cidadão comum, sem dinheiro, independente do papel social que ele tenha, o bélico é mais respeitado do que o intelecto...
Um incapaz social, semi analfabeto, ao se tornar, mediante aos seus olhos se torna inserido, ao pegar uma roupa, aprovada por aqueles que nos oprimem intelectualmente, a ser treinado para servir o sistema e ter um poder bélico – que é o Maximo do cidadão comum – maior que o da maioria, o faz melhor, e na sua própria mente sublaterna, do que a população que ele deveria defender...