sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A arte do Hip-Hop HurrAAAAAAAAAAAAAA


Engraçado como as coisas são a partir do reconhecimento....

Sou desde 1993 do mundo do rap.
Sempre curtindo e uma ou outra vez tentando fazer parte tentando rimar, mas vejo que isso não é muito o que me assola, então prefiro escrever algumas coisas....
Agora vejo uma molecada chegando no rap, travando batalhas e escrevendo letras tipo “adorooooooooooo” quando na verdade tiram uns irmãos ou outros de macaco estando no mesmo ambiente em que foram criados – ou não –, criando expectativa errada ou mesmo conceito errado, que, naqueles mais leigos que curtem ou admiram o som de fulano, beltrano ou mesmo ciclano.
O que deve pensar um "cidadão do rap" que diz ser de algum movimento social, que diz que manda a mensagem pro povo e na primeira oportunidade se vende?
Na verdade a índole de alguns e coisa que se compra, e não muito caro e digo mais, quando muitos radicais – que eu já vi— pregam uma coisa, podem ter certeza, quando estão na frente de “irmãos” mudam totalmente de posição.
Isso, falo do movimento Hip Hop que vemos hoje em dia, mas podemos falar também sobre a hipocrisia das ONG’s que vemos em prol do negro, ou do pobre – que diga-se de passagem não é, e nunca vai ser a mesma coisa, um branco pobre e um negro, mas que fique pra uma próxima discussão – que dizem que lutam, mas no final das contas servem somente para interesse próprio, visando lucro e digo mais, no rap almejando à fama – que no Brasil não existe ainda a industria fonográfica lucrativa para o rap –, mas com pouca infra-estrutura, aparecem com umas “coisas” provavelmente conterrâneas balançando a bunda – feia – em um ritmo nada original e dizendo que aquilo é o verdadeiro Hip Hop.
E nas ONG's buscando o reconhecimento, prestígio social e dinheiro das fundações que fazem diversas doações.
E ainda tem o povo dos Dreadlocks que dizem que são rastafaris e seguidores de Silasie, e que são contra uma série de coisas, mas porém, quando vemos eles conversando e achando que são mais inteligentes que alguém, com uma conversa fútil, discutindo com quase cinqüenta anos assuntos que adolescentes deveriam saber para ter uma melhor vida.
Ou seja, eles necessitam de uma desculpa palpável para dizer que o “verde” é bom, justificando o erro – que diga-se de passagem cada um com seus problemas, mas desde que tenha cara o suficiente para assumir o que faz sem justificar, ou seja, não tenho um propósito real mas faço por que quero – atrás de falsas doutrinas ou de algo que realmente não dominam, pois pelo que sei sobre Silasie nunca o vi com Dreadlocks ou que a luta dele fosse viver em brisa fora da realidade.
Por isso digo, por favor poupem meus ouvidos e meus sentimentos falando que algo do tipo é musica....
È a mesma coisa que dizer que o “funk” carioca é de um imenso bom gosto, e que os conterrâneos ouvindo no celular e ainda por cima compartilhando com o resto da população usuária de coletivo é de boa conduta...
Se for, eu devo estar em algum universo paralelo ou mesmo em uma “jornada nas estrelas do mundo bizarro”.
Penso que é incabível tamanha falta de noção dos povos tanto do rap como do funk como de outros “movimentos”...
Penso que deveríamos pelo menos ser menos hipócritas e gritarmos em prol de si, ao invés de levantar a bandeira de algum movimento, dizendo ser isso ou aquilo, sendo que, seus princípios e conduta implícita dizem outra coisa...

È por ai...

Até

Ramakrishna