quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Brasil X Cuba

Brasil X Cuba Sinceramente, se tem algo que não entendo no Brasil é qual a real diferença que existe em relação ao regime ditatorial de Cuba, que é tão temido desde a década de 1960 ou até mesmo antes... Será que algum reacionário de plantão conseguiria me explicar, ou até mesmo um dito revolucionário, ou ficaria de falácia da mesma época? Bom, sob meu prisma, a situação é a seguinte: apesar de não embargados pelos E.U.A., (modelo do capitalismo atual), temos um dos maiores impostos do mundo para importação, e mesmo para produtos internos, pagamos muito mais que em diversos países, ditatórios e ditos emergentes, como Angola. Logo, em Cuba, temos uma extorsão do governo em relação à produção local, seja em produtos, seja em serviços, mesmo após o fim do embargo dos E.U.A., o que seria compreensível, haja vista tratar-se de uma ditadura. Mas e no Brasil, qual seria a explicação plausível para isso? Em relação à educação, estamos em um regime democrático de direito e nossas crianças – e uma parte esmagadora dos adultos – são analfabetos funcionais, inclusos muitos estudantes das séries finais ou de ensino superior. A partir de 1964, ou quem sabe antes, nossa criticidade foi embargada por raízes que não se soltam. O governo mina o intelecto do brasileiro para que não haja críticos o suficiente afim de discutir o verdadeiro papel do povo em relação à democracia que vivemos. Hoje vemos em Cuba – ou sempre vimos – um modelo de ensino superior que é valorizado no Brasil, a exemplo da medicina, que o brasileiro, quando tem algum problema grave, a exemplo de patologias relacionadas à visão, sempre iria procurar um médico cubano, que, quase nunca é branco, entretanto, quando esses médicos, com o conhecimento superior ao nosso, vieram para o nosso programa “mais médicos” foram repudiados, diferente dos médicos italianos, argentinos ou quaisquer um com o padrão estético aceito nesse país. Professores cubanos, por sua excelência em formação, são exportados para outros países, como Angola e Moçambique. No entanto, de quantos brasileiros temos notícias de irem a outros países por excelência em ensino? Ou seja, vivemos em uma indústria de venda de diplomas, em que esse professor ou profissional comprou seu diploma, mal conhece a área escolhida e, com isso, vivenciamos uma decadência pública, na qual nada funciona, desde o estudante, até obras faraônicas e superfaturadas, em prol de poucos ditos representantes do povo, que na verdade não ligam para que o povo é ou faz. Reitero a pergunta, qual a diferença entre Cuba, se somos obrigados a eleger quem nos governa ou quem nos dita o que devemos ou não fazer, pagar etc. Têm mais, quais as reais oportunidades capitalistas que temos, sem o governo abocanhar grande parte do capital produzido pelo indivíduo, pois pagamos, tanto o rico quanto o pobre, o mesmo percentual de imposto, entretanto, não temos a mesma margem de lucro, seja de um lado, seja de outro, em mínimas palavras, o primeiro sempre lucra mais enquanto o segundo mantém-se vivo para subsidiar os roubos do governo, ou seja, sobrevive e não vive dignamente. Pensemos na liberdade de expressão que temos aqui, ou será que temos? Vemos muitos jornalistas, populistas, podemos dizer assim, que são censurados por políticos a todo momento, por denunciarem umas das muitas atitudes corruptas que esses inseridos no governo têm, mas as empresas de mídias particulares – escancarando o texto, e citando nomes, temos a Globo, a revista Veja, que são nomes grandes até mídias menores, porém inseridas no sistema –, que se assemelham às estatais, pois, manipulam toda e qualquer informação em prol dos mais abastados ou em prol daqueles que o convir, ou seja, sempre o Estado ou seus subsidiários. Mas lembrando, ninguém subsidia mais o Estado que o próprio povo, que não tem valia nenhuma, a não ser em ser a mais valia. Nossa liberdade de expressão está em ver o sexismo explicito na televisão, uma indústria de racismo, xenofobia e de crimes, com esses programas sensacionalistas do final de tarde, onde o crime da ibope e cria medo na população e estigmas étnicos. Cuba está em um regime ditatorial, o Brasil em um regime democrático representativo de direito – que apesar da redundância, o povo não tem voz, tão pouco direito –, mas qual a real diferença capitalista que o Brasil tem sobre Cuba, que oportunidades temos, que direito temos, sendo que nem do voto temos direito de nos eximir. Qual direito temos de ascender financeiramente, de prosperar dentro desse dito livre mercado, sem o governo engalfinhar grande parte do capital adquirido, ou seja, qual o cunho capitalista que temos no Brasil? Será que alguém conseguira me responder a essa pergunta? Ramakrishna

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