quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Sociedade Liberta

O que a sociedade, alienada, pensa sobre as pessoas que pensam ou tem opnião própria? Não vejo pessoas fazendo nada para mudar o seu ambiente, mas, entretanto, criticam que o fazem, são capazes de fazer, justamente aquilo que o sistema impõe que o façam, os defender. Penso que cada um tem sua responsabilidade social, na qual devemos zelar, sim, por uma sociedade melhor, mas o sistema faz com que não o façamos, ou melhor, que algumas pessoas não o façam. O protesto e o boicote – o segundo, muitas vezes bastante eficaz, mas nunca, que eu saiba, usado no Brasil de forma contundente – são formas de contestar o sistema, mas os coniventes com ele, sempre estão ai, defendendo quem só os oprime, fazendo com que a opressão tome todas as proporções possíveis e imagináveis. O que mais revolta em uma mente pensante, apesar de não poder fazer muito, é ver que o que vai mais contra o pobre o oprimido de forma direta, na maioria das vezes, não é o próprio opressor e sim o oprimido que jura estar agindo em prol de alguma boa causa, mas, porém está agindo em prol das pessoas que o oprime, e o pior que eles estão sofrendo uma violência intelectual que não fazem a mínima noção. A vida dessas pessoas – se é que podemos chamar de vida, o que esses zumbis tem – é tão cheia, que hoje em dia, me irrito só de ouvir, que andam em “uma correria” e imaginem que nem maratonista eles não são, pois na verdade o que acontece? Essas pessoas estão tão entorpecidas com o sistema – e muitas delas nem é de forma etílica, pois são cidadãos de bem e não podem se entorpecer, para fazer mais pela sociedade – que não tem tempo para pensar, raciocinar e filosofar sobre a vida, pois estão ocupadas trabalhando – diga-se de passagem 4 meses para pagar impostos, mas tudo bem, né? --, indo para “facul” – instituições de ensino que não prezam pelo ensino do estudante e sim pelo dinheiro que ele vá investir para conseguir “comprar” o seu diploma --, que na verdade são rodeadas, hoje em dia, de bares e quaisquer tipo de entretenimento, e logo após vão para o seu momento de relaxar, ou seja, chegam em casa e vão “não pensar em nada”, assistindo o jornal da noite ou a novela, e pasmem, hoje passa a mesma, em outro canal, que passou há anos, e com isso vão levando a vida. O que reflete tudo isso? Temos um povo, uma massa, ou poderia dizer um bando – de loucos, HAHA, antes fosse – que não pensa, são manipulados, se acham engajados, mas são somente fantoches, sem raciocínio, com uma filosofia vã, não sabendo que há mais debaixo do sol. Trabalham, em prol dos planos de outros, estudam, dando dinheiro pros outros, pois não se tornam críticos e sim os mesmos zumbis, pois não sabem discernir a verdade imposta, ou melhor, nem questioná-la. Na verdade o brasileiro está preocupado, somente, e em sua maioria, vamos usar uma ordem cronológica, segundo o calendário que seguimos, primeiramente e o mais importante, é o natal, depois disso tem o carnaval, afinal temos que nos divertir e ver as “beldades” e tudo aquilo que tem de belo, o que a mulher tem que mostrar, passando o carnaval temos o dia das mulheres afinal depois de serem belas tem que ser ativas e ganhar vários presentes, jantares pois vivemos em uma sociedade onde o sutiã queimado é um símbolo bastante importante, por esse motivo damos flores para nossas guerreiras e àquelas que amamos, temos a páscoa também e com isso damos chocolate, ou seja os ditos cristãos – tendo em vista que estamos em uma era cristã – se limitam a comprar chocolate e acreditar no coelhinho da páscoa – que diga-se de passagem, não consegui entender, alem da mídia, quem inventou tal mito -- depois temos os dias das mães, haaa, as mães nunca podemos esquecê-las pois o ano inteiro são esquecidas e são mães somente um dia no ano, e o que fazemos para reconhecer isso, damos milhões em presentes, principalmente para os que vendem as quinquilharias que compramos, depois disso, temos os dias dos pais, afinal pais e mãe são divinos em nossa vida e temos que comprar algo para mostrar que lembramos deles – de preferência uma gravata, ou algo relacionado a escritório, pois é de gravata que se faz o homem de bem --, pois os bens materiais valem mais que o carinho durante a vida. Ramakrishna

Nenhum comentário:

Postar um comentário